Celas de vidro para peixes com asas -
Parte I – Da prisão!
Aprisionados em celas de
vidro, sem teto, sem entender as razões do encarceramento, imóveis,
tentando ver o que acontece através das paredes, sem nenhuma esperança,
em amnésia induzida, portadores de infecundas mentes, a maior parte dos
seres humanos (é induzida a, e) vive os dias como se já estivessem no
“corredor da morte”.
Nesta condição de infertilidade mental consciente, de privação ou
não utilização consciente dos sentidos, de inerte exercício da visão só
até onde a luz reflete, de desuso da abstração e da intuição, só há
espaço para a súplica, para o pedido de benesses a seres superiores
antropomorfizados, para a apelação diária a um salvador qualquer,
enquanto a única certeza é a espera da execução, da morte.
Neste cenário de desesperança, cada manhã encerra uma
interrogação sobre se este será “o dia”, e cada hora é usada no exercício
da imaginação que tenta desvendar qual será a forma na qual se
apresentará a única certeza para um vida inconsciente: a morte!
Deste permanente ambiente de tensão, pode resultar :
Total abandono de si mesmo, total descrença em si mesmo e
total projeção da solução em algo que venha de fora, de cima;
Revolta contra tudo, contra todos, contra o universo, e
contra um deus antropomorfizado criado pela própria humanidade, que prima
por não atender as súplicas e pedidos e desejos feitas diariamente;
Descaso, com permanência em um estado de inércia, onde cada
um observa sua própria vida como se fosse a vida de outro, com
indiferença e mecanicidade;
Incompreensão e negação da vida e de seus valores,
limitando-se a aproveitar as poucas impressões e imagens que lhe chegam
através de sombras ou das paredes, projetando como máximo desejo, poder
escapar de tudo e de todos, pela janela chamada morte;
Tortura astral usando todos os dias de vida só para projetar
desejos que jamais serão satisfeitos, em substituição aos que já havia
criado, também insatisfeitos, em uma contínua geração de filhos astrais
órfãos e revoltados;
Sacrifício e desgaste
vital, astral, mental, em um contínuo processo de arrependimento por
aquilo que tenha sido feito e, principalmente, por aquilo que não tenha
sido feito, alimentando mágoas e dores infindáveis;
Procura infinita das causas de SUA prisão(no corpo físico),
deixando de compreender que os conceitos de certo e errado, bem e mal só
existem no mundo de cada um;
Prazer permanente em sentir medo da morte e em desejá-la,
tornando divertido criar a cada dia uma possível variante, como em um
processo inconsciente de auto-flagelação, antecipando um julgamento a uma
condenação que não ouve. Assim fazendo papel de causa e efeito, de juiz,
júri, condenado e carrasco, passam-se os dias, passa a vida;
Satisfação em divulgar e compartilhar permanentemente fatos
falsos e possibilidades incomprováveis, propagando, inventando e
alimentando o medo dos outros “companheiros de cela”, em um processo de
projeção, onde na verdade, alimenta seus próprios medos, os quais
aprenderam a alimenta-se do medo dos outros.
Assim, aprisionado em si mesmo, o ser humano passa a ter
medo de tudo, de dormir, de acordar, do ar que respira, da Terra onde
vive, do Sol, das estrelas, das galáxias, do universo, da existência.
Passa a ser o ser humano, inconsciente, um contínuo gerador
de síndromes, conglomerados de medos, incompreensões, que em sua alma,
crescem, alimentam-se e matam(o seu criador), mas não morrem.
O ser humano então, passa a se sentir culpado, sente-se
diminuído, sente-se inferiorizado e sente-se como se fosse a única ameaça
ao equilíbrio universal.
Como neste pretenso e propagado equilíbrio universal tudo é
perfeito, todos os seres são perfeitos e acabados, sendo o ser humano a
única coisa imperfeita e a única presença desequilibrante do universo, o
extermínio da praga humana passa a ser uma necessidade, para que os
tempos de glória evolucionais retornem.
Celas
de vidro para peixes com asas – Parte II : Da Dúvida!
Passa o ser humano então, ao máximo estágio da
incompreensão: incompreensão de si mesmo, incompreensão da humanidade e
incompreensão do que é viver!
Mas,
E se as celas de vidro fossem o muro que cada um cria, para
ignorar o mundo verdadeiro?
E se as asas estivessem em cada um, de berço, por direito?
E se o ser humano reconhecesse seu elemento, seu ambiente,
que é este no qual vive, sem limites?
E se o ser humano se visse como o que é: um ser cósmico, vivendo
em um corpo mineral, que se desloca universo afora?
E se o ser humano aprendesse a ver através das paredes de
vidro?
E se o ser humano compreendesse que não é culpado, que não é
inferior, que não é “o resto do resto”?
E se o ser humano entendesse o seu próprio ciclo evolucional, de
seu planeta, de seu sistema solar?
E se o ser humano soubesse que é tão antigo quanto as
estrelas(aliás, ligados umbilicalmente a elas), que sua idade não se mede
em milhares de dias, mas em milhões de anos?
E se o ser humano parasse de acreditar que qualquer coisa
que venha de cima é superior, até pq não existe em cima e embaixo?
E se o ser humano acreditasse em si mesmo, e se nele se
processa a evolução, em continuo e consciente abraço entre bem e mal, a
tudo transformando?
E se o ser humano descobrisse que para fecundar o universo
basta ser feliz?
E se o ser humano compreendesse que suas asas se expandem
junto com a expansão da alegria em si mesmo?
E se o ser humano compreendesse que suas asas na verdade vão
até onde seus pensamentos “viajam”, asas mentais, a tudo transformando?
E se o ser humano compreendesse que a evolução não dá
saltos, e que o mundo nunca acaba, que são ciclos após ciclos, até que
juntos sejamos um Sol consciente(diferente do sol anímico que aparentemente
ilumina nosso céu)?
E se o ser humano se visse um com o universo, com o Sol, com
a Terra?
E se o ser humano soubesse que todos os seres são uma única
e integrada “coisa” em evolução? Que todos os seres formam um planeta,
que todos os planetas formam um Sol (verdadeiro), etc, até unirem-se
todos, no Todo?
E se o ser humano descobrisse que em si, está a manifestação
da própria divindade que cria, organiza e mantém o próprio universo (ou
universos)?
E se o ser humano percebesse que a cada inspiração recebe
vida e consciência que emana do umbigo do universo, o Sol Oculto?
E se o ser humano percebesse que somos uma hierarquia que se
desenvolve no astral de um corpo físico sideral, e que nosso corpo é tão
etéreo quanto qquer outro, os quais aliás, nos formam?
E se o ser humano entendesse que o que e chamado morte é
apenas um estado de evolução em uma forma que vem antes e depois do que
conceituamos como vida?
E se o ser humano entendesse que para os seres que são mais
novos na evolução cósmica(por exemplo, os 3 reinos elementais internos e
os 3 externos, os da chamada natureza) ele, ser humano, é como um deus?
Se apenas estes “SE” acontecessem, veríamos que esta geração
consciente, articulada e permanente de informações/notícias que tem por função
causar medo e desesperança. Veríamos que é algo intencional:
Para que a morte seja banalizada;
Para que a morte seja temida;
Para o medo seja diversão;
Para que uma vida longa seja vista só como uma viagem
demorada e sem sentido;
Para que a satisfação dos desejos seja a única tônica da
vida;
Para que o ser humano veja seu irmão como um concorrente;
Para que a vida seja vista como um mar de lágrimas;
Para que o ser humano se veja sozinho, separado, e,
finalmente;
Para que o ser humano desista de si mesmo.
Onde estão os “cientistas” que choramingam a cada pulso
solar? Onde estão os que propagavam o fim do mundo em 2000? Onde estão os
que propagavam o fim do mundo com o alinhamento cósmico de 20/05/2012?
Onde estão os profanos profetas que distorceram a verdade do calendário
Maya?
Onde estão os “cientistas” que todos os dias criam factóides
sobre asteróides, meteoros, explosões cósmicas, estrelas anãs,
terremotos, inundações, invasões alienígenas, explosões solares, e tantas
outras invenções, que fazem a vida parecer um filme de ficção de baixo
orçamento.
De onde emanam as diretivas editoriais, para que a
conta-gotas, sejam dados aos seres humanos resultados de “pesquisas
científicas” que comprovam impossibilidades astrais? Quem, em insana
consciência, passa doses diárias de medo a toda humanidade, mantendo a
finitude como parte da rotina do dia a dia?
Onde estão estes cujo único objetivo é fazer com que o ser
humano não dê valor a vida, achando que destruição e morte são coisas naturais
e fazem parte do dia a dia, que matar seres humanos não tem importância,
que mentir descaradamente e ocultar a história real da humanidade não tem
importância, e principalmente que o futuro humano é irrelevante, pois
para eles, não existe.
Onde estão não sei, mas sei que deveriam ser julgados e
condenados, pois são culpados de crime de lesa evolução, de lesa
humanidade.
Com certeza, fogem a justiça dos homens, e permanecem como
focos geradores de dores e medos diários, como se nada tivesse acontecido,
em uma permanente atividade de vassalos usando suas “penas vendidas,
penas malditas”, para escrever(criar) e dar corpo às mentiras!
Mas, não se esqueçam:. O karma é a simples Lei da
retribuição, buscando o equilíbrio. A estes, dura Lex, sed Lex.
O que estes “arautos do caos” fazem é, intencionalmente,
congestionar o astral da humanidade com ignorâncias, causando um mal
físico e evolucional tremendo, na medida em que todo medo criado e
densificado, "desce" como chuva e por todos é respirado.
Celas
de vidro para peixes com asas – Parte III : Da Liberdade!
Devemos nos recusar a continuar a respirar "veneno
astral" criado para a diversão de uns e propagado pelo medo/desejo
de outros.
Todo este medos, são seres gerados e alimentados diariamente,
e são seres que um dia precisarão ser sublimados(nesta ou em outra
existência), pois são contra a evolução, existem em desequilíbrio, em
Adharma. E quem vai fazer isto? Os próprios seres humanos, nós!.
A cada um de nós cabe, portanto, rebelar-se contra este
estado de coisas: não somos amanasas (os sem mental), não podemos
continuar a gastar nossas vidas sentindo prazer em ter medo! Não somos
condenados, não cometemos nenhum crime cósmico!
Mesmo que vivamos em celas de vidro(criadas por nós mesmos,
pois como diz Henrique José de Souza: “ cada um constrói o seu próprio
mundo, para que o Meu (Divindade) permaneça ignorado”), estas celas não
tem teto, e o que as preenche, é a mesma matéria universal que
respiramos, é a mesma matéria universal que preenche o universo, assim,
somos peixes com asas, aprisionados em aquários sem teto, respirando vida
universal, mergulhados no oceano sem praias, e nos deslocando de casa
para casa.
E clamamos por liberdade sem compreender que nós não só já a
temos, como também estamos imersos nela, respirando-a todos os dias.
Só quem não sabe disto somos nós mesmos!!!!!!!
Nós jamais respiramos duas
vezes no mesmo local do universo: a terra move-se em torno do Sol, que
move-se na galáxia, que move-se no universo, que move-se no Todo.
Nós respiramos e vivemos na atmosfera da terra, que vive na
Atmosfera do Sol, que vive na atmosfera da galáxia, que vive na atmosfera
do universo.
Se alguém lhe perguntar: onde vc nasceu: eu nasci há
"n" milhões de kilômetros atrás, e já fiz "n"
elípticas no universo. Não enxergamos isto simplesmente pq o nosso
"céu" se desloca conosco.
Se considerarmos o tempo cósmico, o que chamamos de vida
humana, tem a duração de um relâmpago!! E estamos vivendo este momento de
qual forma???
Somos seres cósmicos, feitos de matéria cósmica, que
respiram matéria cósmica, e que se deslocam universo afora, “embarcados”
em um ser do reino mineral, em evolução conjunta, rumo a um SOL.
Então, que não venham com "conversa fiada" dizendo
que somos “só” seres humanos e tudo o resto é cósmico!!
Quem dera, se a LEI (verdadeira) tivesse um tribunal para
"falso testemunho".
Assim, precisamos criar um movimento consciente, uma
nova Onda Mundial, e gerar felicidade, alegria, consciência,
transformando e vitalizando a alma deste ser mineral que habitamos,
revitalizando a alma dos seres humanos, deixando de respirar veneno
astral, para respirar vida universal.
Precisamos parar de deixar lixo (astral) por onde temos
passado no universo, pois um dia, alguém terá que refazer este caminho!
Precisamos falar: “ psiu!, ei!, oiê!! “Vaí com calma com as mentiras,
porque eu acordei, e não lhe dou mais autorização para falarem e agirem
em meu nome.
Celas de vidro para peixes com asas –
Parte IV : Da Transformação!
Então, os convido a libertarem-se e cumprirem seu papel de
seres humanos, de seres cósmicos.
Temos que exigir respeito!! E o respeito externo sempre é
uma derivada do respeito que vc sinta por vc mesmo, enquanto ser
humano-cósmico.
Bom dia, o sol já está raiando! Hora de acordar! Hora de
transformar ( do latin “trans”, de um lado a outro, “forma”, figura,
imagem, e o sufixo que indica ação) a tudo e a todos, começando por nós
mesmos.
Como falamos outro dia, pode ser que o peso que cada um
sinta sobre si mesmo, sejam só as suas asas que ainda não foram abertas.
Pode abri-las, e voar, pois o sol interno não derrete
as asas, ao contrário, ele o transformará em um sol também!
Hora de criar conscientemente o mundo no qual
desejamos viver!
Fraterno abraço.
Jorge Antônio Oro
Então, “sem pai nem mãe” cósmicos, verdadeiro intruso,
deslocados em um universo incompreensível e grande demais, só resta ao
ser humano que ainda não aprendeu a ver, assumir sua posição de
indesejado órfão universal!
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